sábado, 9 de junho de 2012

Não exatamente

Às vezes parece que a subjetividade perdeu a graça, se tornou uma estratégia inútil de linguagem. Em algum momento que não consigo definir, perdi a habilidade de usá-la pra me externar. Como se eu recebesse um vidro com dada quantidade de abstrato e consumisse rapidamente: muito no começo, cada vez menos conforme a consciência do fim fosse se aproximando. Como se brotasse em mim uma voz seca e desesperada que implorasse por simplicidade, pequenez e concisão; talvez a mesma voz arbitrária que me julgava óbvia e desmascarada em outros tempos. Na ausência do subjetivo e da experiência no objetivo, acabo por perder qualquer ferramenta de expressão.

As ideias se expandem e reverberam - logo chega a explosão.