terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Desvario

Se desfaço o tempo em mim
não há mais tempo pra lembrar
me perco noutra cena 
que jamais vai existir
e, assim que o sol morrer,
a mente vai se esconder
e o vazio, se expandir.

Como posso me abster
dos desejos de um coração
se o que já não posso ter
é dissolvido em aspiração?
Me afogo no soturno.

Não preciso mais de luz,
coisa viva ou real
aqui, sob o céu noturno.

E, enfim, me decompus.

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