quarta-feira, 3 de abril de 2013

Vertente

Há esse pesar cinzento
De quem arrasta mil correntes
As pálpebras lentas, cadentes
E um tom de urgência que invento

Há essa doença rasa
De quem aparenta cansaço
Tremor que corre mãos, braços
E a mente que estaca e atrasa

Corpo que reproduz peito
Arde, dói, se encolhe, estreito
Já não há medicação

Moléstia do coração
Que te faz sangrar por dentro:
Sangra sentimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário